domingo, 16 de junho de 2013

«Só fechar um punhado de pessoas numa sala não faz uma equipa» (Gitlow e Gitlow)

Vejamos…o que é que pode levar à degradação do ambiente de trabalho?

A verdade é que nenhum indivíduo é um “clone” do outro. Somos naturalmente diferentes, logo temos necessidades, interesses, valores e convicções que podem divergir mediante a nossa individualidade. Há, então, que pautar o nosso comportamento no respeito pelo outro em função da sua personalidade e fugir à atitude egocêntrica.

É tão simples quanto pensar que devemos tratar o outro como gostaríamos de ser tratados e não descuidar de condutas primárias como o saber ouvir, o dar atenção, o procurar aceitar as diferenças e outras tão básicas como os gestos de cumprimentar e agradecer ou mesmo o simples olhar nos olhos. Ou seja, se nos regermos pelos pilares da nossa educação, só por si, já estaremos a contribuir para um ambiente harmonioso, construtivo e produtivo e podemos evitar conflitos desnecessários e desgastantes.

O certo é que um único elemento dentro do grupo de trabalho pode destabilizar as relações na sua integridade e danificar a essência do que é funcionar em equipa: a união. É esta que leva à coesão e, por conseguinte, à eficaz execução das tarefas. Basta uma mínima lacuna na “linha de montagem” para que a produção seja comprometida.

Assim, a atitude de “cada um por si” deve ser totalmente banida. Se não existir um objectivo comum e se cada elemento se preocupar apenas em realizar a sua tarefa, descurando a importância do trabalho dos outros, jamais se chegará à concretização de um funcionamento coerente.

Logicamente que se há um elemento que nos constrange, que faz de tudo para nos desmotivar ou afectar psicologicamente e que tem por hábito propagar intrigas a nosso respeito - geralmente, aqueles que no início se aproximam de nós para, no fundo, desvendarem as nossas fraquezas e arquitectarem a melhor forma de nos derrubar - a nossa reacção para com esse elemento abusivo será, certamente, impulsiva e "pouco profissional".

Fica claro, que episódios de conflito têm uma razão e só adquirem proporções desmedidas e incontroláveis se chegarem a um "ponto de saturação" e não contarem com a mediação de um líder à altura, alguém firme e, sobretudo, imparcial. É fundamental identificar os elementos prejudiciais à coesão do grupo, caso contrário, o trabalho em equipa nunca sobrevirá.

A liderança e a gestão dos Recursos Humanos são, assim, imprescindíveis. É fulcral que se entenda que «Só fechar um punhado de pessoas numa sala não faz uma equipa» (Gitlow e Gitlow).

É essencial que as organizações percebam que são constituídas por pessoas e são essas pessoas que garantem a sua subsistência. Não podem cair no erro de tratar pessoas como seres mecânicos sem sentimentos, sem olhos, sem voz!

Mas, afinal, o que é que leva uma pessoa a “poluir” o ambiente laboral?

A competitividade pode ser extremamente nociva quando alguém, para mostrar aquilo que vale ou que pensa que vale, o faz à custa das debilidades dos outros, enaltecendo as suas supostas qualidades. Estas pessoas - que “nunca se enganam” - são capazes de passar por cima de tudo e todos para serem notadas e elogiadas. Mas, para bem da produtividade de uma organização, mais importante do que competir é, sem dúvida, cooperar!

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