domingo, 7 de julho de 2013

É só um pombo lá no Alto (de São João)!



Pelas quietas ruas lá do Alto

Atravessei um calor tórrido

De Verão e crematório…

Que nem sepulcros arrefecem

Torrentes nos poros,

Pele escaldada,

Secura na boca…

Dispersa num reino silencioso

Calado, sem respostas…

Defuntos aos molhos

Arquivados,

Embutidos,

Fechados a sete chaves …

(Para não fugirem?)

Meros restos mortais.

Pois almas não se engavetam!

(Nem ardem no forno)

Os Torres reduzidos a um número?

- Nunca!

Mesmo recusando, procurei…

Segui os dígitos

Assentes no bloco de notas

Para não decorar!

Tornou-se labiríntico,

Redundante e caótico!

- Torres!

- Onde estão?

Então, olhei para cima

Pousou um pombo em sossego

(É só um pombo lá no alto, pensei.)

E abaixo das suas patas vi um número

Correspondia.

Acaso?

Ilusão?

É um pombo no Alto (de São João)…



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