quinta-feira, 27 de junho de 2013

México: Um país com “mucha sal”


Já que hoje – como em muitos outros dias – estou numa onda “México Amigo”, deixo aqui umas palavras calorosas, pintadas e bordadas em tons quentes. É assim que vejo o México: pitoresco, quer pela sua paisagem, quer pela forma como as gentes se trajam e enfeitam ou como ornamentam as casas e as ruas.

Quando penso nesta região do planeta é como se estivesse sob o efeito da mescalina, extraída de um qualquer cacto por uma tribo indígena. As cores acentuam-se, os sentidos apuram-se ao ponto de experimentar o sabor e o aroma do azul, do amarelo, do verde, do laranja ou do violeta. O ritmo faz-me dançar sem ser preciso tirar os pés do chão e a minha alma flutua ao compasso da quimera vestida de paisagens idílicas e inspiradoras, sempre em modo colorido!

As flores mais exóticas multiplicam-se nos campos, nos vasos, nas roupas, nas texturas, nos artefactos, nos cabelos e os céus tingem-se de aves e borboletas que se mesclam num matiz miraculoso. Até a morte se enfeita com altares floridos e se celebra com a comida, a música e os doces preferidos dos mortos. As caveiras de açúcar são autênticas obras de arte! (O “Dia de los Muertos” é uma das festividades mexicanas mais animadas pois, segundo se crê, os entes falecidos vêm visitar os seus parentes).

Tudo é diverso, tudo se mistura, os povos são mestiços, a cultura tem variações que se fundem e os costumes completam-se. Os aromas e os sabores vão do doce ao picante, do chocolate ao chili, ou mesmo à sua ligação agridoce. Na alegria e a na tristeza, está sempre presente um copo de tequila, com limão e “mucha sal”!

Por toda esta multiplicidade e este tempero, identifico-me com este país e, estou certa, que muitas das coisas nas quais me inspiro no dia-a-dia trazem um pouco de México e de Frida Kahlo, a pintora que tão bem representa a cultura popular mexicana.


 






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