Pelas quietas ruas lá do Alto
Atravessei um calor tórrido
De Verão e crematório…
Que nem sepulcros arrefecem
Torrentes nos poros,
Pele escaldada,
Secura na boca…
Dispersa num reino silencioso
Calado, sem respostas…
Defuntos aos molhos
Arquivados,
Embutidos,
Fechados a sete chaves …
(Para não fugirem?)
Meros restos mortais.
Pois almas não se engavetam!
(Nem ardem no forno)
Os Torres reduzidos a um número?
- Nunca!
Mesmo recusando, procurei…
Segui os dígitos
Assentes no bloco de notas
Para não decorar!
Tornou-se labiríntico,
Redundante e caótico!
- Torres!
- Onde estão?
Então, olhei para cima
Pousou um pombo em sossego
(É só um pombo lá no alto, pensei.)
E abaixo das suas patas vi um número
Correspondia.
Acaso?
Ilusão?
É um pombo no Alto (de São João)…